domingo, 21 de março de 2010

Mulheres que Amam Demais

Estava pesquisando sobre padrões de comportamento, e me vi no site do MADA (Mulheres que Amam Demais), e achei bem interessante a forma como elas lidam com esse padrão que há séculos e séculos e séculos, mantém à nós, mulheres, dependentes emocionalmente de homens que, geralmente, nos trazem sérios problemas emocionais e psicológicos. Lembro que conheci esse grupo de ajuda numa novela (não me lembro qual), que abordou o tema. Eu estava lendo alguma coisa no site e achei interessante o padrão, e fiquei pensando. Afinal, como esse padrão de comportamento se forma?

O que faz uma mulher interessante, inteligente, bem de vida, entrar em um padrão de comportamento tão profundamente humilhante e doentio? Por que elas perdem toda a noção de auto-respeito e se deixam imolar até a última gota de sua dignidade pessoal, e ainda chamam à isso de amor?

Há milhares de anos muitas mulheres se submetem à dependência emocional de homens que não as valorizam, tanto que das coisas que mais se vê no mundo são mulheres envolvidas com homens casados, ou mulheres sustentando homens perfeitamente aptos ao trabalho, ou mulheres se submetendo a todo tipo de humilhação física e psicológica com a violência doméstica, que mata mais mulheres que o infarto. É um padrão de comportamento triste, muito triste.

Qual é o limite do amor? Quando uma mulher pode saber se está dependente ou amando? Quando uma mulher pode saber se está sendo amada ou enganada? Como uma mulher pode saber o limite da sua dignidade e do seu auto-respeito?

No site tem um texto com as características das mulheres que amam demais, e que eu achei bem interessante. Agora a pergunta: qual de nós ainda não nos encaixamos em pelo menos um desses ítens?

CARACTERÍSTICAS DE UMA MULHER QUE AMA DEMAIS

Robin Norwood

   1. Vem de um lar desajustado, em que suas necessidades emocionais não foram satisfeitas.

   2. Como não recebeu um mínimo de atenção, tenta suprir essa necessidade insatisfeita através de outra pessoa, tornando-se superatenciosa, principalmente com homens aparentemente carentes.

   3. Como não pode transformar seus pais nas pessoas atenciosas, amáveis e afetuosas de que precisava, reage fortemente ao tipo de homem familiar, porém inacessível, o qual tenta, transformar através de seu amor.

   4. Com medo de ser abandonada, faz qualquer coisa para impedir o fim do relacionamento.

   5. Quase nada é problema, toma muito tempo ou mesmo custa demais, se for para "ajudar" o homem com quem esta envolvida.

   6. Habituada à falta de amor em relacionamentos pessoais, está disposta a ter paciência, esperança, tentando agradar cada vez mais.

   7. Está disposta a arcar com mais de 50% da responsabilidade, da culpa e das falhas em qualquer relacionamento.

   8. Sua auto-estima está criticamente baixa, e no fundo não acredita que mereça ser feliz. Ao contrário, acredita que deve conquistar o direito de desfrutar a vida.

   9. Como experimentou pouca segurança na infância, tem uma necessidade desesperadora de controlar seus homens e seus relacionamentos. Mascara seus esforços para controlar pessoas e situações, mostrando-se "prestativa".

  10. Esta muito mais em contato com o sonho de como o relacionamento poderia ser, do que com a realidade da situação.

  11. Tem tendência psicológica, e com freqüência, bioquímica a se tornar dependente de drogas, álcool e/ou certos tipos de alimento, principalmente doces.

  12. Ao ser atraída por pessoas com problemas que precisam de solução, ou ao se envolver em situações caóticas, incertas e dolorosas emocionalmente, evita concentrar a responsabilidade em si própria.

  13. Tende a ter momentos de depressão, e tenta previní-los através da agitação criada por um relacionamento instável.

  14. Não tem atração por homens gentis, estáveis, seguros e que estão interessados nela. Acha que esses homens "agradáveis" são enfadonhos.

sábado, 20 de março de 2010

Autenticidade

Às vezes fico observando o quanto é difícil ser simplesmente autêntico no mundo de hoje. Há sempre alguém em quem nos espelhamos, ou até em modelos e padrões de comportamento social. É a moda, a arte, a religião, a profissão, os estigmas de diversas vertentes. O fato é que fica cada dia mais difícil sermos apenas nós mesmos. Quem somos nesse emaranhado de padrões e modelos? Por que temos tanta necessidade de nos padronizar? Por que hoje temos um padrão e amanhã temos outro? Somos nós que mudamos constantemente, ou é a nossa inconsciente busca por nós mesmos?

Por que nós sismamos em seguir padrões? Por que teimamos em estarmos sempre inseridos em algum modelo social? Por que, para nos sentirmos aceitos, temos que vestir as roupas da moda, ouvir as músicas que estão no top parede, adorar o artista mais famoso do momento ou até escolher profissões porque elas estão no top do mercado?

Por que nós nos perdemos tanto, tentando nos encaixar no mundo, quando é o mundo que tem que se adaptar à nós? Como encontraremos nossos verdadeiros afins? Como sairemos dos laços de amizade ou amor tão efêmeros quanto todos os modelos que buscamos para nos encaixar?

Mas acima de tudo isso, como somos espiritualmente? E se nos despirmos de todo imediatismo efêmero da matéria, o que sobra de nós?

sexta-feira, 19 de março de 2010

Encontro Auto-pessoal

Como nos redescobrimos e nos reinventamos? Como resgatamos dos lugares mais profundos de nosso ser, aqueles desejos, sonhos, preferências e dons que temos e que fazem com que sejamos únicos? Quando passamos muito tempo sofrendo a influência de algo ou alguém, como nos desnudarmos para descobrirmos quem realmente somos?

Como quando temos uma religião por muitas vidas... Como fazemos, um dia, para nos desvincularmos dessa religião, e conhecermos o que somos, como somos e sentirmos a nossa religiosidade da forma mais pura e pessoal? E quando isso extende-se à todo nosso ser?

Como conseguimos deixar de ser o que pensamos ser, para descobrirmos o que realmente somos? Como nos encontramos com nossa essência e deixamos de ser "como nossos pais"?

É essa a minha primeira grande pergunta da minha nova jornada rumo à mim...

segunda-feira, 15 de março de 2010

Fiat Lux!

Num dia no Infinito da Criação, foi minha vez de receber de Deus o "Fiat Lux"... O que eu era quando isso aconteceu? Diria o Espiritismo que eu era um Espírito Simples e Ignorante. Passaram-se as eras e me dou conta que continuo sendo um Espírito Simples e Ignorante. Na complexida que é a vida, as vivências, as incontáveis eras que nos separam do nosso momento na Criação, tudo acaba se convergendo na necessidade primeira de redescobrir-se na nossa mais simples expressão, conscientes da nossa ignorância perante quem pensamos ser, mas não somos.

E quem somos? Como éramos no nosso "Fiat Lux"? Com que essência fomos moldados? Como somos despidos de toda mentira que alimentamos e acumulamos ao longo da nossa existência espiritual? Como resgatarmo-nos de dentro de nós, naquele lugar onde tudo começou...?