sábado, 8 de maio de 2010

Amor e Essência

Hoje estava lendo um blog excelente que descobri à poucos dias, e li um artigo que chamou muito a minha atenção pela forma madura e lúcida com que a autora tratou do tema "casamento". Um trecho que achei fantástico, em que ela fala sobre as mudanças que não devemos jamais fazer em prol de outros e de um relacionamento: "Aquelas que nos tiram a alma… As que exigem, que sejamos outra pessoa, as que nos fazem infeliz, que nos fazem fingir, mentir, esconder. As que fazem com quê nos sintamos culpados por sermos quem somos;

Fazer isso conosco é um auto-crime dos mais cruéis, e querer fazer isso com alguém, um crime hediondo também, porque mais que matar o corpo, mata a alma, mata nossa essência, o que temos de mais valioso e divino, porque foi o que recebemos de Deus ao sermos criados. Mata a individualidade que Deus criou de forma exclusiva. Mata nossos potenciais, nossa capacidade de crescer e expandir a nossa Verdade íntima e intransferível, mata o que temos de mais sagrado em nós, a assinatura de Deus na nossa alma.

Quando alguém nos exige que sejamos algo diferente do que somos à fim de nos amar e nos aceitar, é porque não somos amados de verdade. Não somos queridos ou desejados de verdade. O que quer que seja que essa pessoa sente por nós, não é amor. Se fosse, haveria encantamento pela forma que somos, e não rejeição. Se fosse, haveria atração pela nossa autenticidade, e não rejeição. O amor, quando é amor de verdade, ama a essência, ama justamente o que nos faz únicos, ama o divino que nos habita, ama justo aquele diferencial que é só nosso, e que nos faz, aos olhos do amor, um ser especial. Eu não consigo compreender um amor que rejeita a autenticidade de alguém, menos ainda que queira mudar uma pessoa para algo que idealiza-se como modelo de alguma coisa.

Das coisas mais tristes que vejo, são pessoas tentanto apagar sua essência divina e única, para se moldar aos modelos de perfeição de pseudos-amores. É triste ver o brilho próprio e único de alguém, ser apagado para satisfazer as necessidades de pessoas que não as amam verdadeiramente. E o mais triste é que não raras vezes elas juram que são amadas... Mas de que adianta viver a ilusão de serem amadas, se elas destróem o auto-amor no processo? Só é amado verdadeiramente, aqueles que se auto-amam e que sabem expandir e fazer crescer cada vez mais o brilho próprio.

Apagar-se para ser amado, é a melhor forma de não ser verdadeiramente amado, mas iludido. O amor verdadeiro se encanta com a essência, não com as máscaras e os papéis...

8 comentários:

Anônimo disse...

Oi Luciana,
Adorei seu comentário e pensei muito sobre a "dar baixa", quase escrevo outro artigo.Gostei especialmente de encontrar estas suas reflexões. É disso que se trata: somar, fazer pensar, acrescentar, espalhar as palavras que tantas vezes já foram ditas, escritas, dançadas, pintadas, e ainda não foram compreendidas.
Sincronicidade!Tenho um artigo que fala exatamente sobre o que você escreveu. Se não me engano: Amores e abraços palhaços.
Beijos-Joyce

Luna disse...

Oi amiga linda!
Concordo plenamente contigo. Se você se transforma em outro para ser amado, na verdade, a pessoa que está contigo ama alguém que não existe e VOCÊ LITERALMENTE NÃO EXISTE NA RELAÇÃO...
Bjs e saudades!
Te adoooooooooro!
Luna

Anônimo disse...

É bem verdade. Quando alguém nos ama de verdade, ama tudo, defeitos e qualidades, e ama aquilo que realmente somos. E aceita-nos.
Quando as pessoas mudam em prol de alguém ou do sucesso de uma relação, é quando condena com mais facilidade ao fracasso esse relacionamento. É quando surgem com mais frequência aquelas queixas: mudaste muito; já não és a mesma pessoa...

Beijinhos

Anônimo disse...

Oi Luciana!
Se você soubesse o quanto me perco para encontrar estes espaços entre espaços... Deixa o link da resposta no meu espaço entre espaços, please?
Já respondi, mas ainda não escrevo sobre o post que vc me pediu. A gargalhada foi pq achei buuunitinho "cara de pidona". Vou postar, mas é preciso pensar um pouco pq entra nas patologias. Buscando uma forma de escrever sem me debruçar sobre as mesmas.
Beijossssssss

Penélope Luz disse...

Joyce! :-)

Adorei suas respostas! E sempre que entro aqui, já olho pro link do seu blog para ver se vc postou algo. :-)
Nossa, fico muito feliz que vc escreva sobre o tema que me referi! Espero o tempo que for! Eu mesma escrevo pouco ultimamente, porque ando tendo muito pouco tempo para a net, e preocupações com a saúde de entes queridos, também andam me deixando sem cabeça para me concentrar e escrever. Mas logo tudo fica bem, se Deus quiser...

Ah, eu também detesto escrever, enviar e perder tudo! Para isso eu já adquiri o hábito de jamais enviar sem antes dar um control+C. Já dou no automático até! :-)))

Um beijo grande!

Lu, que também mora no Rio! :-)

Penélope Luz disse...

Luna, miguxa amada! :-)

Nossa, vc disse algo que resume tudo! "a pessoa não existe na relação". Exatamente! Passa a viver como se estivesse num palco, todo o tempo representando um papel, se apagando cada vez mais e vivendo a pior das solidões, aquela que sentimos quando estamos acompanhadas. Muito triste!

Beijos linda!

Lu

Penélope Luz disse...

Sorriso! Que bom vc por aqui, amiga! :-)

Eu penso isso também! E mais, quando a pessoa muda em prol de alguém e de uma relação, é porque a relação nem existe de fato. É ilusão que chama-se de relação.

Beijos! :-)

Lu

Anônimo disse...

Seu pedido 3° sobre Relacionamentos.
Beijos-Joyce
http://joycemobley.wordpress.com/2010/05/11/segredos-e-correntes-3%C2%B0-da-serie-relacionamentos-joyce-damy-mobley/

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