sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Mudanças

Muito se fala sobre a metáfora do "homem velho" e do "homem novo", simbolizando nossos renascimentos íntimos. E a verdade é que realmente, durante uma só vida, nós estamos sempre renascendo, estamos sempre deixando o "homem velho" para trás e surgindo renovados. E vamos observando que muitas coisas que pensávamos no passado, mudam complamente à medida que a Vida nos experimenta.

Até nossos gostos pessoais mudam. Passamos a nos vestir diferente, a gostar de músicas diferentes, a ter uma vida diferente no geral. Mas além disso tudo, que na fundo são reflexos, é nosso íntimo que muda. É incontestável que a Vida, quando bem aproveitada (no sentido de aproveitar-se as lições morais, e não no sentido de "curtir"), revela-nos uma Mestra sem igual, e desses novos aprendizados que vamos acumulando diariamente, promove-nos à mudança incessantemente.

Mas isso não é sempre que acontece, pois que há muitos de nós que mudamos o sentido de aproveitamento da Vida, e em vez aproveitarmos as lições morais, corremos a aproveitar os prazeres da matéria, tão efêmeros quanto ilusórios, e agarrando-nos ao comodismo psíquico, acabamos por envelhecer fisicamente, mantendo posturas e emocional de adolescentes, quicá de crianças. E com isso sofremos mais, porque não aprendemos a enfrentar as dificuldades da madureza física, com a sabedoria que a idade proporciona. Os problemas mudam, mas nós não mudamos, e sofremos, tal qual uma criança sofreria para responder uma prova de faculdade.

Por tudo isso creio que as mudanças são muito importantes, e mais importante ainda é estarmos atentos à nós mesmos, sempre em busca do autoconhecimento, para não só identificarmos que mudanças ocorreram conosco, como também para atentarmos se estamos estacionados em algum comportamento mais infantil e imaturo, requerendo reavaliação e aprimoramento.

A Vida no fim é para isso, para começarmos a crescer no ventre materno e não pararmos de crescer e amadurecer nunca.

0 comentários:

Postar um comentário